Botucatu confirma caso de leishmaniose visceral canina; município vai ampliar monitoramento
19/11/2025
(Foto: Reprodução) Transmissão da leishmaniose é feita pelo Mosquito-palha
Divulgação
Um caso de leishmaniose visceral canina foi confirmado em um cão no bairro Jardim Cristina, em Botucatu (SP). Segundo a prefeitura, um inquérito sorológico será iniciado na próxima segunda-feira (24) na região, com monitoramento da equipe da Vigilância Ambiental em Saúde (VAS).
De acordo com a prefeitura, a partir da próxima segunda-feira (24) será realizado um inquérito sorológico na região, conduzido pela equipe da Vigilância Ambiental em Saúde (VAS).
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A ação prevê a coleta de amostras de sangue de cães, que serão analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, com o objetivo de verificar a presença e a circulação do parasita no bairro. O levantamento ajudará a identificar a extensão da infecção na população canina e a orientar medidas de prevenção e controle da doença, também para proteção humana.
A prefeitura reforça a necessidade de colaboração dos tutores durante o inquérito, permitindo o acesso dos agentes às residências e a coleta de sangue dos animais selecionados. Entre as medidas preventivas recomendadas estão a manutenção dos imóveis limpos e o uso de coleiras repelentes nos cães, reduzindo o risco de transmissão pelo mosquito-palha.
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O que é a leishmaniose visceral canina
A leishmaniose visceral canina é uma doença causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pela picada do flebotomíneo, conhecido como “mosquito-palha”.
O inseto se infecta ao picar um animal doente e pode transmitir o parasita a outros cães e também a seres humanos.
Após a infecção, os sintomas nos cães costumam aparecer entre três e sete meses, mas há registros de manifestações a partir de dois meses ou até após mais de um ano.
Em muitos casos, a doença permanece silenciosa em áreas de alto risco, e cerca de 50% dos cães infectados não apresentam sinais clínicos.
Quando os sintomas surgem, eles podem incluir:
perda de peso progressiva;
aumento dos linfonodos (caroços no pescoço, axilas ou virilhas);
aumento do fígado e do baço;
lesões de pele (queda de pelos, feridas, crescimento exagerado das unhas);
alterações oculares (inflamações, olho seco, conjuntivite);
cansaço, apatia e febre intermitente;
nos casos mais graves, evolução para insuficiência renal crônica.
Ao identificar quaisquer desses sinais, o tutor deve procurar atendimento especializado. O diagnóstico pode ser realizado por exame parasitológico direto em microscópio, testes sorológicos ou testes moleculares (PCR).
A prevenção é a medida mais eficaz contra a doença. O uso de coleiras repelentes, vacinação, manejo ambiental adequado e controle do mosquito-palha são fundamentais para reduzir o risco de transmissão.
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