IBGE retrata brasileiros que trabalham com plataformas digitais e aplicativos de serviços

  • 17/10/2025
(Foto: Reprodução)
IBGE apresenta retrato dos brasileiros que trabalham por intermédio de aplicativos de celular O IBGE apresentou nesta sexta-feira (17) um retrato dos brasileiros que trabalham por intermédio de aplicativos de celular. Faz dois anos que esse virou o meio de transporte para o Osvaldo Alves de Paula alcançar o sonho: se dedicar apenas ao esporte. Ele é paratleta de canoagem. O trabalho como motorista de aplicativo complementa a bolsa que ele recebe como esportista. "A liberdade de você conseguir tirar férias forçadas de sete a dez dias durante o período de cinco a dez vezes por ano”, diz Osvaldo Alves de Paula, motorista de aplicativo e paratleta de canoagem. A flexibilidade de horários permite conciliar as duas rotinas: os treinos e as competições com o volante. Mas não significa menos trabalho. Pelo contrário: a profissão é exaustiva até para um atleta. Osvaldo Alves de Paula: A gente trabalha aí de dez a doze horas por dia. Repórter: Todos os dias? Osvaldo Alves de Paula: Todos os dias. O IBGE mostra que as condições de trabalho de quem oferece serviços por meio de plataformas digitais pioraram: com jornadas mais longas, cerca de cinco horas a mais por semana que os demais trabalhadores fora da plataforma e com remuneração por hora mais baixa. Para aumentar a renda, o motoboy Josué dos Santos Souza se equilibra entre dois empregos como entregador: um fixo na lavanderia e outro por aplicativo: "Quem trabalha em aplicativo ganha bem mais do que um CLT, porque o nosso salário é R$ 1,5 mil na carteira assinada, com o desconto cai para R$ 1,2 mil. E, no aplicativo, você consegue tirar o triplo disso. Mas também a carga horária de oito já se torna doze, se torna quatorze, mas risco de vida”. "Muitos desses trabalhadores não têm nem mesmo o MEI e, mesmo com o MEI, a maior parte desses trabalhadores nem contribui para Previdência. Ele deixa de contribuir porque a remuneração é muito baixa”, afirma Rodrigo Carelli, professor de direito do trabalho da UFRJ. IBGE retrata brasileiros que trabalham com plataformas digitais e aplicativos de serviços Jornal Nacional/ Reprodução De 2022 para 2024, o contingente de brasileiros nesse mercado cresceu 25%. Passou de 1,3 milhão para 1,7 milhão. O que representava 1,9% do total da população ocupada no setor privado. Quando a gente fala de serviços por aplicativo, pensa logo em entregadores e motoristas. Mas o grupo que mais cresceu entre 2022 e 2024 inclui diferentes profissionais, como médicos, por exemplo. Ou pessoas que oferecem outros serviços, reformas, faxina. Trabalhadores de diversas áreas que chegaram aos clientes por estarem conectados a uma plataforma digital. No universo desses profissionais, quase 30% trabalhavam como Josué, em aplicativos de entrega. E mais da metade como o Osvaldo, no transporte de passageiros. Pelo menos, até ele conseguir trocar, de vez, o carro pela canoa. "Gostaria de estar mais tempo na água, porém sei que preciso estar aqui para conseguir equilibrar as contas”, diz Osvaldo. LEIA TAMBÉM Plataformas digitais empregaram 1,7 milhão de trabalhadores em 2024, com renda acima da média e carga horária maior, diz IBGE

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/10/17/ibge-retrata-brasileiros-que-trabalham-com-plataformas-digitais-e-aplicativos-de-servicos.ghtml


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