'Planejou mortes e contratou seguros de vida', delegado detalha padrão de PM suspeito de matar caseiro por R$ 1,5 milhão no PI
Tenente suspeito de matar caseiro é investigado por planejar morte de segundo funcionário
O delegado Tales Gomes, da Diretoria de Operações Policiais (DEOP), detalhou que o tenente Alexandre Filipe Tupinambá Silva, suspeito de matar um caseiro e investigado pela tentativa de homicídio de um segundo funcionário, possui um padrão para cometer crimes.
Segundo o delegado, a investigação observou semelhanças no modus operandi do tenente, inclusive a baixa escolaridade dos dois funcionários, o que, segundo ele, facilitou. Além disso, chamou atenção da polícia a solicitação de seguros de vida milionário em nome deles.
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"Na medida em que ele planejou duas mortes, contratou seguros, duas pessoas sem muita formação, conhecimento e estudo. Uma, a morte foi consumada para receber R$ 1,5 milhão. O outro, ele não consumou para receber R$ 1 milhão", revelou o Tales Gomes.
Alexandre está preso desde 18 de outubro, no Presídio da Polícia Militar, em Teresina. O Conselho de Justificação da corporação decidiu expulsar o tenente e o Governo do Estado deve decidir se aceita ou não o parecer. Caso julgue procedente, determinará ao oficial a perda do posto e da patente.
No domingo (16), ele teve a prisão temporária convertida em prisão preventiva.
Duas mortes investigadas
Alexandre Filipe Tupinambá Silva foi preso em outubro suspeito de matar o caseiro José de Ribamar Pereira Osório, de 54 anos, em abril de 2023. Segundo a Polícia Civil do Piauí, Alexandre contratou um seguro de vida de R$ 1,5 milhão em nome da vítima sem que ela soubesse.
"As investigações indicam que Alexandre colocou um advogado como beneficiário, mas nem José e nem a família dele sabiam do seguro. Os familiares foram surpreendidos pela chegada de um funcionário da seguradora que foi à cidade fazer levantamentos para saber se o seguro seria pago”, disse o delegado.
A investigação apontou ainda a suspeita de tentativa de homicídio de um segundo funcionário por parte do tenente.
"Durante o período de prisão temporária, a equipe apurou a existência de um segundo seguro de vida, desta vez no valor de R$ 1 milhão, contratado em nome de outro funcionário, ligado à família da ex-esposa do tenente. Nesse caso, o próprio tenente figurava como beneficiário", explicou o delegado Tales Gomes, da Diretoria de Operações Policiais (DEOP).
'Planejou mortes e contratou seguros de vida', delegado detalha padrão de PM suspeito de matar caseiro por R$ 1,5 milhão no PI
Reprodução/ Ascom SSP
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