Advogado é condenado a 26 anos de prisão por matar cliente envenenado para ficar com dinheiro da vítima

  • 08/05/2025
(Foto: Reprodução)
Acusado teria cometido o crime para ficar com o dinheiro dado pela vítima para a compra de um imóvel. Advogado Victor Henrique da Silva (na foto) foi condenado por matar envenenado guarda municipal que era seu cliente Reprodução O advogado Victor Henrique da Silva Ferreira Gomes (na foto) foi condenado, na noite desta quinta-feira (8), pelo tribunal do júri a 26 e 8 meses de prisão por matar envenenado o seu cliente, o guarda municipal José Gonçalves Fonseca, para ficar com o dinheiro da vítima. Cabe recurso da decisão. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp O crime ocorreu em 2017. Conforme a investigação, a morte de José Gonçalves ocorreu por insuficiência respiratória causada por envenenamento por chumbinho. O corpo do guarda foi encontrado no dia 8 de março em um matagal no bairro Dunas, em Fortaleza, coberto por folhas. Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime foi financeira. O guarda contratou o advogado Victor Henrique, que era casado com uma sobrinha da vítima, para ajudá-lo na aquisição de uma casa. José Gonçalves transferiu um valor de R$ 265 mil para o Victor, que passou a gastar o dinheiro em vez de concluir a compra do imóvel. Quando o guarda começou a exigir a quantia de volta, o advogado o envenenou. Victor Henrique foi preso ainda em 2017 como principal suspeito do crime e ficou em prisão preventiva até 2020. Ele então foi solto para responder à acusação em liberdade. O julgamento chegou a ser marcado para 2023, mas foi adiado diversas vezes. O júri começou, afinal, na quarta-feira, dia 7 de maio, sendo concluído nesta quinta-feira. Guarda Municipal José Gonçalves Fonseca, de 52 anos, foi morto envenenado em 2017 Reprodução Victor Henrique foi condenado a 26 anos e 8 meses, em regime fechado, pela prática de homicídio quadruplamente qualificado, e pelos crimes de apropriação indébita majorada (do dinheiro do guarda) e ocultação de cadáver. Victor Henrique não compareceu ao julgamento, e ao final da sessão foi emitido o mandado de prisão contra ele. Ainda cabe recurso da decisão, mas pela sentença, ele deve aguardar o julgamento do recurso na cadeia. A advogada Jéssica Rodrigues, que atuou como assistente de acusação ao lado da advogada Sarah Suzye, celebrou a sentença do júri. "Após oito longos anos de espera e seis adiantamentos desse julgamento, a Justiça finalmente foi feita", afirmou. "Como assistente de acusação, é impossível não registrar a profunda satisfação pelo resultado alcançado no julgamento. Foram anos de luta, de enfrentamento da morosidade do sistema, de reviver, em cada etapa do processo, a brutalidade de um crime que marcou para sempre a vida dos familiares da vítima", disse a advogada. O g1 solicitou um posicionamento à defesa de Victor Henrique e aguarda resposta. LEIA TAMBÉM: Guarda municipal sai de casa para fechar negócio e é encontrado morto Advogado suspeito de participar da morte de guarda é preso em Fortaleza Advogado matou guarda municipal envenenado para ficar com dinheiro da vítima, diz polícia Vítima De acordo com a investigação policial, o guarda José Gonçalves estava tentando comprar um imóvel que fazia parte de ação de inventário - isto é, que fazia parte de um testamento que ainda estava sendo resolvido. Como a ação do inventário se estendeu por mais tempo do que o previsto, José Gonçalves contratou o advogado Victor Henrique, que era casado com sua sobrinha, para ajudá-lo a resolver o entrave. O imóvel em questão tinha o valor de R$ 365 mil, e o guarda já havia pago R$ 100 mil. Os R$ 265 mil restantes deveriam ser quitados quando o inventário estivesse pronto e o imóvel estivesse livre para venda. O advogado, então, solicitou que o guarda transferisse os R$ 265 mil para sua conta pessoal, alegando que assim seria mais fácil cuidar das pendências do negócio. Após receber o dinheiro, no entanto, Victor teria começado a gastá-lo. Quando o inventário foi resolvido e a casa liberada para venda, José Gonçalves passou a cobrar do advogado que fizesse os pagamentos necessários para concluir a aquisição. O advogado, no entanto, não devolveu o dinheiro, o que gerou atrito entre os dois. Victor Henrique então teria atraído a vítima para um encontro, no qual prometia resolver as pendências financeiras, e o guarda foi envenenado. Ele desapareceu no dia 6 de março de 2017 e o corpo foi encontrado no dia 8. Relembre o caso: Advogado acusado de matar cliente vai a júri Assista às notícias do Ceará no g1 em 1 Minuto:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/05/08/advogado-e-condenado-a-26-anos-de-prisao-por-matar-cliente-envenenado-para-ficar-com-dinheiro.ghtml


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