PF não aceita mudanças negociadas entre Motta e Derrite no Projeto Antifacção

  • 10/11/2025
PF diz que acompanha com preocupação alterações do relator no Projeto Antifacção A Polícia Federal rejeitou as novas alterações negociadas entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o relator do Projeto Antifacção, Guilherme Derrite (PP-SP). Segundo integrantes da cúpula da PF, o texto ajustado continua retirando autonomia da corporação para iniciar investigações contra facções criminosas, mesmo após a conversa intermediada por Motta. Conversa entre Motta e Andrei Motta estava reunido com Derrite quando telefonou para o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmando que fariam mudanças no relatório para restabelecer a autonomia da PF em operações de combate ao crime organizado. A expectativa era de que o novo texto corrigiria os pontos mais sensíveis para a Polícia Federal. Mas, ao receber a versão revisada, a PF considerou que os problemas centrais permanecem. Por que a PF rejeitou o novo texto Segundo avaliação da cúpula da PF, os ajustes mantêm dispositivos que: 1. Obriga a PF a comunicar autoridades estaduais Pela forma como as mudanças foram discutidas, a PF teria de informar autoridades estaduais sobre operações e investigações. Para a corporação, essa regra representa risco de quebra de sigilo e possibilita vazamentos que comprometeriam ações delicadas — justamente em casos que envolvem facções criminosas de grande alcance. 2. Impede o deslocamento automático para a Justiça Federal Outro ponto criticado é que o novo texto estabelece que a atuação da PF não desloca automaticamente a competência para a Justiça Federal. Assim, mesmo com a PF investigando, os casos poderiam continuar tramitando na Justiça estadual, o que, segundo a PF, fragiliza a estrutura de combate ao crime organizado e gera insegurança jurídica na condução das apurações. Segundo integrantes do governo e na visão da própria PF, há uma tentativa de "amordaçar" a corporação. Clima segue tenso Mesmo após o contato de Hugo Motta com o diretor-geral Andrei Rodrigues, a Polícia Federal segue insatisfeita com os rumos do projeto. A avaliação interna é que o relatório — mesmo revisado — continua limitando a atuação federal, mantendo pontos classificados como: retrocesso institucional, risco para operações sigilosas, fragilização da coordenação nacional contra facções.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/blog/ana-flor/post/2025/11/10/pf-nao-aceita-mudancas-negociadas-entre-motta-e-derrite.ghtml


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